3 de janeiro de 2016
2 de janeiro de 2016
Jairo ferreira machado
Deus existe
Quando eu era criança
Acreditava que Deus era um Pássaro
Me olhando lá do céu
Tomando conta de mim
Tanto para saber das minhas
artes
Como das minhas boas ações
(Se é que um moleque faz boas
ações?)
Acreditava que Deus
Era um Vigia incansável
Que me daria proteção
No momento que eu precisasse
Logo não tinha nada a temer
Bastava que eu fizesse o Sinal
da Cruz
E rezasse o Ato de Contrição
Na hora de dormir...
E tomasse banho antes de
deitar
Caso contrário, o meu Anjo da
Guarda
Não cuidaria de mim
Eu vivia de perguntá-la
Onde o meu Anjo da Guarda
passava o dia?
Ela me dizia muitas coisas
Crenças, mitos, suposições...
Nada que eu pudesse entender
Talvez não tivesse mesmo a
resposta certa
Mesmo assim, eu acreditava em
suas palavras
Era mais fácil para se viver
E saber que nunca estamos
sozinhos
Eu continuo não estando só
Deus ainda me olha lá do céu...
Passados todos esses anos
Depois de ter repetido a mesma
coisa
Para os meus filhos
Dizendo a eles algumas
incertezas
Hoje, como sempre
Eu continuo não sabendo muitas
coisas
Só sei que Deus existe
Em forma de Pássaros, sei lá?
Ou de um Anjo
Um anjo barbudo,
De cajado na mão...
Ditando ordens
Consertando os malfeitos
Puxando as orelhas dos
moleques atrevidos...
Razão porque, vez em quando
Sinto minha orelha espichar-se
E arder-se...
Pois ainda não aprendi muitas
lições
Tenho cá a minha parte criança
Mas sei
É sempre bom ter Deus por perto
Então, eu o digo
Deixa estar, seu Velho Barbudo
Um dia ainda deixo de fazer minhas
traquinices
Um dia, uma noite dessas
Quando eu partir para junto de
Ti
Como um Pássaro Dourado
Voando para os seus braços...
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